. A doença se caracteriza pela presença de bactérias no trato urinário, que é composto pela bexiga, rins, uretra e ureteres.
As bactérias que causam a ITU (infecção do trato urinário), como é chamada pelos médicos, são as mesmas encontradas nos coliformes fecais. Elas chegam até à região pela uretra, a via por onde sai o xixi.
No entanto, ela também pode ser provocada por malformações do sistema urinário, como refluxo vésicoureteral e obstruções congênitas, assim como por cálculos renais.Entre os sintomas estão febre, alteração na coloração e no odor da urina e sensação de desconforto ao fazer xixi.
“Aincidência é maior nas meninas, em geral, por razões anatômicas”, diz Amilcar Martins Giron, especialista em urologia pediátrica, do Hospital e Maternidade Albert Einstein, em São Paulo.
Elas têm a uretra mais curta e próxima ao ânus, por isso, as bactérias das fezes podem alcançar a bexiga com maior facilidade. No entanto, até os 3 meses de idade, segundo o urologista, a infecção é mais comum no sexo masculino, principalmente em meninos que não fizeram circuncisão (retirada do prepúcio).
Mas como o pediatra vai identificar a doença em crianças que sequer falam?
“Mesmo que não tenham febre, os recém-nascidos podem apresentar déficit de crescimento, irritabilidade, diarreia, vômito e distenção abdominal”, explica Giron, que também é chefe do setor de urologia perinatal do Hospital das Clínicas.
Eles também podem ter dificuldade para mamar e, por consequência, engordam menos do que o esperado. Além dessas suspeitas, o médico vai fazer o exame clínico do bebê para verificar se ele sente dor no abdome e nos rins, por exemplo.
O diagnóstico é completado com exames de urina e, quando necessário, de imagens (ultrassom, raio X, tomografia). Os últimos são usados para investigar malformações no trato urinário.
O tratamento é feito com antibióticos indicados de acordo com a idade e a gravidade da infecção. O pediatra também vai sugerir outras medidas que ajudam a evitar o problema no futuro, como hidratar bastante a criança. “Isso faz com que a urina fique mais diluída e o aumento do volume do xixi promove uma espécie de‘lavagem’ de dentro para fora da bexiga”, explica o urologista. Além disso, outra orientação é, no caso dos maiores, lembrar a criança de fazer xixi com frequência e redobrar os cuidados com a higiene.
Todo cuidado é pouco, pois apesar do tratamento ser simples, a infecção pode se espalhar pelo organismo, se não tratada corretamente, e comprometer a função renal da criança mais tarde.
Informações: Revista Crescer higiene. Existe o risco de. a doença voltar, principalmente quando a malformação que a provocou não tiver sido corrigida
Nenhum comentário:
Postar um comentário