Frase do Dia

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

17/12 DIA DE SÃO LAZARO

A História[editar | editar código-fonte]


Representação hagiográfica clássica de São Lázaro, o leproso
Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico. Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico. Até os cães iam lamber-lhe as chagas.(Lucas 16:19-31)
Este mendigo, chamado Lázaro, que não deve ser confundido com o Lázaro de Betânia, que foi ressuscitado por Jesus, é o único personagem das parábolas deJesus que possui nome próprio. Por causa disso, muitos teólogos e estudiosos indicam que ele realmente existiu. A tradição da Igreja Católica o venera como santo protetor dos males da lepra e dos mendigos. Sua festa litúrgica é celebrada em 21 de Junho.

Parábola do Rico e Lázaro[editar | editar código-fonte]

Alguns usam a Parábola do Rico e Lázaro, para provar que Jesus ensinou o tormento do pecador um inferno de fogo literal depois de morte. Isto envolve defender a crença na imortalidade da almaLucas 16:19-31 é encarado como uma parábola didáctica para os judeus. Este Lázaro não tem nada a ver com Lázaro de Betânia mencionado em João 11. ABíblia de Jerusalém (BJ), em uma nota de rodapé, reconhece que é uma "parábola em forma de história sem referência para qualquer personagem histórico."
O "homem rico" caracterizaria os fariseusSeio de Abraão é o lugar de honra no banquete presidido pelo pai dos crentes, negado ao homem rico, mas admitido ao pobre Lázaro. As mortes do homem rico e do pobre Lázaro - igualmente simbólicas - representariam uma mudança das circunstâncias. Assim, o antigamente menosprezado entrou numa posição de favor Divino, e o antigamente aparentemente favorecido foi rejeitado por Deus.
Ou, alternativamente, alguns autores sugerem que a parábola é uma paródia sobre os saduceus, e não sobre os fariseus.[1] Eles argumentam que a coincidência entre os "cinco irmãos na casa do meu pai" Lucas 16:28 e os cinco irmãos deCaifás, na casa de Anás documentada pelo historiador Flávio Josefo é deliberada.[2] Eles também sugerem que a profecia de Abraão, que os cinco irmãos não vai se arrepender, mesmo que Abraão iria ressuscitar o Lázaro da parábola (16:31), é uma alusão à tentativa de Anás e de seus filhos para matar o Lázaro real, quando ele foi ressuscitado por Cristo: "Mas os principais sacerdotes deliberaram matar também a Lázaro" (João 12:10[3]
Contudo, menciona-se também aqui a interpretação aceita por grande parte do ramo protestante do cristianismo, em que na verdade, esta não seria uma parábola, mas uma história real sobre um acontecimento com personagens reais. Em decorrência disto, ficaram firmadas algumas bases doutrinárias, como a antiga existência do Sheol, ou Mundo dos Mortos, dividido em 2 locais distintos separados entre si por um abismo sem fundo: O "Seio de Abraão", onde reuníam-se as almas dos mortos salvos na esperança do verdadeiro paraíso, sob o comando do Pai Abraão, e o Inferno propriamente dito, onde estavam reunidas as almas dos perdidos, como o rico mencionado. Durante a morte física de Jesus Cristo e sua descida aoAdes (Sheh-ol), ele resgatou todas as almas dos salvos no Seio de Abraão e as transportou para o Paraíso, onde o ladrão arrependido na cruz já as aguardava. A partir da Dispensação da Graça até os dias atuais, o Seio de Abraão encontra-se vazio de "habitantes" e assim permanecerá até ser desfeito juntamente com esta Terra atual nos últimos dias.

Referências

  1. Ir para cima
     (em inglês) Whittaker, H.A. Studies in the Gospels, Biblia, Staffordshire 1989, p.495
  2. Ir para cima
     (em alemão) Sepp, J.H. Thaten und Lehren 1864
  3. Ir para cima
     (em francês) Drioux C-J Bible populaire 1864

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